sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

2013...


2013... Que ano foi esse? Atípico não seria o termo ideal. Talvez, um ano de transição. E isso ficou evidente, sobretudo na Igreja Católica, que em feito inédito assistiu a um Papa renunciar, dando espaço para que outro aderisse à Cátedra de Pedro. Nenhuma geração atual havia presenciado tamanha façanha, que ocorrera pela última vez há quase seiscentos anos.

Tragédias, mortes, catástrofes... Muita coisa fez com que 2013 fosse um ano de reviravoltas. Notícias foram compartilhadas a todo o tempo nos Iphones, Ipods e tecnologias que estreitam universos. 

Reviravoltas políticas mostraram que o povo já não é uma massa amórfica e passiva. O “gigante acordou” (termo clichê explorado incontáveis vezes pela mídia) e foi às ruas reivindicar reforma política. Muitos sequer sabiam o que estavam fazendo ali, isto é fato, mas quando a sociedade se organiza, as transformações acontecem, apesar é claro das facções criminosas que se juntaram à turba.

Prefiro manter o pensamento inocente e utópico de que as condenações do esquema de corrupção mais aterrador da história do Brasil, o Mensalão, sejam resultado da voz que ecoou nas ruas em meados de junho/julho.

Como de praxe, o ano civil termina após 365 dias, dando espaço para que outro se inicie. Contudo, os acontecimentos de 2013 foram tantos, que vai ser impossível apagar as marcas que deixaram. 2013 ainda precisará de um bom tempo para terminar. Deverá dividir espaço com 2014, 2015, etc etc...

Em termos culturais, mais do mesmo. Parece que o turbilhão de acontecimentos do Brasil e do mundo afetou a criatividade dos roteiristas de cinema, músicos, diretores de teatro, autores de livros... Nenhum movimento novo adveio. Vimos apenas continuidade do que já existia e que foi capaz de cessar a ânsia da massa que busca entretenimento. Não surgiu nada que gerou aquela inquietação espantosa que tanto acalenta as mentes dos que admiram as artes.

Que 2014 também seja um ano de muito movimento. Ao que tudo indica, estamos na Era antimarasmo, na qual tudo acontece de forma espantosamente veloz, de modo que se não prestarmos atenção, ficamos à margem. A todos, um Feliz 2014.