
Pessoas iluminadas têm o dom de deixar marcas sólidas, incapazes de serem apagadas. A construção de belos legados focados no bem estar humanitário é uma qualidade dada por Deus a seres humanos especiais. Pessoas cuja capacidade de fazer a diferença é um dom invicto.
Zilda Arns tinha essa capacidade única. Como uma verdadeira mártir, levava ao mundo mensagens de esperança e fé. Preocupava-se em semear frutos que mais tarde cresceriam e proporcionariam qualidade de vida a milhares de semelhantes. Muito mais do que “dar o peixe”, Zilda ensinava a pescar. Suas principais ferramentas de trabalho: sabedoria, carisma e humildade. Dons que foram transmitidos aos vocacionados adeptos à Pastoral da Criança, que por meio de uma singela metodologia, simplesmente se doam a favor do próximo.
Zilda ostentava olhar sereno e acolhedor. Sua força de heroína era exteriorizada em sua fala simples e ao mesmo tempo severa. Denunciava injustiças, sempre visando ao bem estar dos mais necessitados. O que a tornava diferente dos demais era seu poder de estimular esforços. Acreditava na capacidade de superação que, somada à virtude de fazer o bem, tornava o mundo melhor.
Certas fatalidades estão aquém de nossa compreensão. Uma tragédia colocou fim à bela trajetória de nossa líder. Ela pode ter partido fisicamente, mas seu legado deixará marcas eternas. A missão da Pastoral da Criança é dar continuidade às ações transformadoras propostas por Zilda. Nosso foco é o bem estar do próximo, em especial, dar assistências aos mais necessitados. Aprendemos com Zilda que para promover a qualidade de vida temos que, antes de tudo, acreditar na capacidade de nossos semelhantes.
Ela se foi. Mas seus ensinamentos e atitudes servirão como base encorajadora que nos dará ânimo para continuar nossos trabalhos. A Pastoral da Criança está órfã, mas não desanimaremos. Continuaremos a levar o amor materno àqueles que necessitam. Temos a certeza de que valerá a pena.