terça-feira, 25 de agosto de 2009

BLOGS: DIFERENTES VERTENTES E UM SÓ OBJETIVO (*)


Utilizado por milhões de pessoas, o blog aproxima os internautas e consolida-se como uma das melhores formas de propagação de ideias on line. Inicialmente visto como um diário virtual, no qual as pessoas narravam os acontecimentos do cotidiano, a ferramenta foi aprimorada tornando-se um espaço utilizado não só para expressar intimidades, mas também para difundir opiniões. Existem blogs para todos os tipos de público.

Formada em Jornalismo e atualmente cursando o 6° semestre de Publicidade e Propaganda, Michele Beraldi Neves mantém um blog de entretenimento. Atrativo desde o nome, o www.magricelanapanela.com destaca dicas de moda, maquiagem, beleza e fofocas sobre celebridades. “São assuntos pelos quais me identifico e busco auxiliar meus leitores a seguir as sugestões. Por exemplo, a postagem que fiz sobre ‘moda nas raves’, chamou atenção e surtiu o efeito esperado”, enfatiza Michele mencionando que os amigos aderiram ao estilo proposto.

O sucesso do blog motivou a estudante a migrar de um domínio público (zip.net) para um espaço próprio. Michele considera essencial prestigiar blogueiros amigos que também acompanham seu trabalho. Atualmente, a página recebe mais de 200 acessos diários.

O estudante do 4º semestre de Publicidade e Propaganda, Ronaldo Akira da Silva, enxerga no blog um método eficaz de divulgar trabalhos inerentes à sua profissão de designer. “Vejo na ferramenta uma maneira de expor todos os meus trabalhos e aprimorá-los, tendo como base outros blogs do mesmo segmento”.

O blog do Ronaldo, criado em dezembro do ano passado, teve até hoje mais de seiscentos acessos. O jovem explicou que atualmente não tem realizado novas postagens no blog www.ronaldoakira.wordpress.com. O motivo, segundo ele, é a criação de um novo espaço que deverá entrar no ar na próxima semana.

Paralelamente ao universitário, Camila Suemi Okut Macedo vê no blog uma maneira de ajudar as pessoas que têm necessidade de se sentirem amadas. “Existem muitos indivíduos que desenvolvem algum tipo de carência. Busco motivá-los com posts que falem do amor sublime”, disse.

A estudante do 6º semestre de Direito diurno afirma que, para escrever, se inspira em textos Bíblicos. “Procuro também ler assuntos diferenciados como forma de quebrar preconceitos e buscar novos conhecimentos”. Na avaliação de Camila, o blog dosedeamor.blogspot.com tem atingido seu objetivo, visto que os leitores a elogiam cada texto publicado e se identificam com as mensagens propagadas.

Angélica Neri, André Sanches, Cristiano Morato, Diuân Feltrin, Gustavo Caldeira, Nathália Fagundes, Rafael Lopes.

(*) Texto idealizado como Atividade Avaliativa da disciplina Jornalismo Online e Novas Tecnologias ministrada por José Marcos Taveira.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Dica de Leitura


Fragilidade

Somos seres humanos. Portanto, temos medo. Por mais fortes e valentes que aparentemos ser, no fundo escondemos nossa real faceta. O homem contemporâneo tem medo da morte, da solidão, do fracasso, da inveja, do envelhecimento, das paixões, da falta de sentido da vida... Enfim, somos reféns do medo. Aparências disfarçam nossa real condição. Infelizmente usamos máscaras; maquiagens escondem as imperfeições de nossa face. Imperfeições que deveriam ser escancaradas. Imperfeições que, se aceitas pelo outro, comprovariam se somos realmente amados, ou não.

Medos que assolam a humanidade são explicitados com primazia, delicadeza e bom senso por dois sábios homens, Fábio de Melo e Gabriel Chalita, no livro “Cartas entre Amigos – sobre medos contemporâneos”. Por meio de mensagens sublimes e belamente filosóficas, os autores desconstroem as aflições que permeiam o cotidiano da humanidade. A sabedoria é apresentada em forma de cartas que um enviou para o outro. Cartas que denotam a grandeza infinita de uma amizade verdadeira. Amizade condicionada à aceitação de imperfeições, que se não compreendidas, fazem com que relações amigáveis se convertam em bajulações baratas.

Valores humanos são resgatados no decorrer das “conversas” escritas idealizadas pelos autores. A escolha da linguagem não verbal é justificada. Os sábios defendem a ideia de que escrever é uma forma de manter vivo o que nem a morte nem o envelhecimento destroem. Escrever é nada mais nada menos do que materializar o imaterial. Trata-se de traduzir o transcendente. A troca recíproca de saberes entre ambos, serve como pano de fundo para a real intenção: atingir e desvendar os medos e incertezas que habitam os recônditos de nossas almas.

“Cartas entre Amigos” é um livro de filosofia sobre a humanidade. Uma obra transformadora que deveria ser lida por todos. Fazemos de tudo para demonstrar força. Mas a fraqueza é inerente a cada um de nós, principalmente quando nos revestimos da mais valente armadura. Ledo engano. Quanto maior a armadura, mais frágil é o ser que a habita. Basta prestar atenção nas pessoas que compõem o elenco de nosso cotidiano. No homem sisudo e incapacitado de um sorriso mora um menino frágil, desejoso por um abraço. Na mulher austera e rude habita uma podre garotinha que tem medo de escuro.

A principal mensagem do livro é que para sermos felizes basta que passemos a descobrir o que realmente somos. Ao lê-lo, recordei-me dos dizeres de Fernando Pessoa: “Procuro despir-me de tudo que aprendi; procuro esquecer-me da maneira de lembrar que me ensinaram, e raspar a tinta com que me pintaram os sentidos; desencaixotar minhas emoções verdadeiras, desembrulhar-me e ser eu.”

PS: Dedico esse texto a meus companheiros de caminhada, em especial, a Angélica Neri, grande amiga.


sábado, 8 de agosto de 2009

Pais: Heróis em Humanidade


Cuidar e deixar ser cuidado; guiar e deixar ser guiado: qualidades privilegiadas concedidas por Deus aos homens que assumem a paternidade. Defender e ser defendido é tarefa árdua. Não é fácil tomar para si os erros e dores de alguém. Não é fácil curar feridas por meio de palavras doces e encorajadoras. Pais da humanidade, homens vencedores cuja missão é cuidar, guiar, orientar e defender seus filhos e filhas diante das adversidades a que somos expostos cotidianamente.

Paternidade não se restringe somente a laços de sangue. É bem maior que isso! O amor de Pai os une a seus filhos e filhas com laços de amor. Laços consistentes que determinam rumos a serem seguidos durante a vida.

Como canta Zezinho: “Das muitas coisas do meu tempo de criança, guardo vivo na lembrança, o aconchego de meu lar...” Sabedoria paterna, longas conversas na varanda determinam a imprecisão do tempo. A vida não parece passar quando somos acolhidos/a em braços afetuosos e protetores. Homens sábios, como o Bom Pastor que orientam nossas escolhas. Essa é a missão de Pais da humanidade: proteger seus filhos das armadilhas da vida.

Pais... Verdadeiros mártires como Dom Hélder, Dom Oscar Romero, entre outros que a serviço da comunidade e da Igreja adotaram milhares de filhos e filhas para o caminho da justiça. São Francisco... Que bom seria se o sentimento paterno fosse orientado por preceitos franciscanos... Francisco jamais teve a graça de ser pai biológico, mas cuidou para que a vida tivesse vida em abundância. Foi Filho, foi Irmão e foi Pai, a medida que considerava a natureza como mãe e a morte como irmã.

Existem pais privilegiados, mas que não dão conta de ampliar tal condição para o coletivo. Mártires têm essa capacidade humanitária, essa coragem vencedora. Deixar de ser Pai apenas dentro de casa e lutar pelo coletivo visando ao bem estar comunitário justifica a condição humana da paternidade.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

AH1N1: CONSPIRAÇÃO?

Caro leitor, você acredita na teoria da conspiração? Pois bem, de acordo com dados divulgados em um vídeo argentino, a nova gripe AH1N1 não passa de um mero subterfúgio para alavancar as vendas de um produto farmacêutico. Apesar de algumas informações errôneas, o vídeo é perspicaz à medida que apresenta um paralelo entre as diversas pandemias divulgadas na história. Confira e tire suas próprias conclusões.

sábado, 1 de agosto de 2009

DICA DE CINEMA



















LATTER DAYS: Fé x Homossexualidade

Vivemos em uma sociedade hipócrita. Simplesmente atuamos, como verdadeiros atores sociais que escondem as imperfeições da face por meio de maquiagens e máscaras. Isso não é novidade para ninguém. Nosso modo de ser, agir e pensar passa pelo crivo de dogmas religiosos, relações interpessoais, mercado de trabalho, universidades, dentre muitos outros elementos sociais. Existe autenticidade? Quem ou o que realmente somos?

Com base em tal perspectiva, podemos analisar o filme “Latter Days” (2003) como uma obra que tenta desmascarar a hipocrisia social. A produção provocou controvérsias antes mesmo da estreia nos cinemas americanos, recebendo intensa censura devido à complexidade do tema abordado. Tal repressão apenas corrobora o teor hipócrita de uma sociedade mascarada.

O filme narra a saga de Aaron Davis(Steve Sandvoss), jovem Mórmon confuso no que diz respeito à própria orientação sexual. Único filho de uma família conservadora, Aaron se muda para Los Angeles para desempenhar seu papel de missionário. Paralelamente ao tradicional Aaron, temos Christian (Wes Ramsey), homossexual assumido cuja vida se resume a festas e promiscuidades na grande Los Angeles. Vidas paralelas que se cruzam por ironias do destino.

Aaron passa a morar no mesmo condomínio que Christian. A cada encontro, a atração se estampa no olhar. Simples gestos dão a entender que o interesse é recíproco. No entanto, na primeira oportunidade de contato físico, Aaron se deixa dominar pela incerteza. Mais tarde, o atrito se transforma em uma delicada paixão.

Em uma ocasião, os demais missionário Mórmons flagram a relação entre os dois jovens. O fato acarreta sérias consequências a Aaron, inclusive sua excomunhão. A partir daí o filme gira em torno da persistência de Christian em procurar e recuperar seu grande amor. O preconceito e a repressão familiar são ressaltados a cada instante. Paradoxalmente, todo o amor e zelo que Aaron recebia da família se converte em asco e vergonha quando a descoberta vem à tona. Uma família de referências e confianças jamais poderia aceitar um filho homossexual, tanto é que não medem esforços para “curar” Aaron. Os obstáculos a serem enfrentados pelo dois são intensos e dolorosos.

“Latter Days” conflui sensualidade, sensibilidade, drama, comédia e romance. É um filme de densidade rara ao abordar as discrepâncias existentes entre religião e homossexualidade, focando a hipocrisia e o preconceito de uma forma jamais vista no cinema mundial. Fica a pergunta: Será que um Deus bondoso e compassivo puniria um filho cuja vida é propagar a fé, unicamente pelo fato de este ser homossexual? É o que a obra almeja responder.

Confira trechos do polêmico filme: