sábado, 1 de agosto de 2009

DICA DE CINEMA



















LATTER DAYS: Fé x Homossexualidade

Vivemos em uma sociedade hipócrita. Simplesmente atuamos, como verdadeiros atores sociais que escondem as imperfeições da face por meio de maquiagens e máscaras. Isso não é novidade para ninguém. Nosso modo de ser, agir e pensar passa pelo crivo de dogmas religiosos, relações interpessoais, mercado de trabalho, universidades, dentre muitos outros elementos sociais. Existe autenticidade? Quem ou o que realmente somos?

Com base em tal perspectiva, podemos analisar o filme “Latter Days” (2003) como uma obra que tenta desmascarar a hipocrisia social. A produção provocou controvérsias antes mesmo da estreia nos cinemas americanos, recebendo intensa censura devido à complexidade do tema abordado. Tal repressão apenas corrobora o teor hipócrita de uma sociedade mascarada.

O filme narra a saga de Aaron Davis(Steve Sandvoss), jovem Mórmon confuso no que diz respeito à própria orientação sexual. Único filho de uma família conservadora, Aaron se muda para Los Angeles para desempenhar seu papel de missionário. Paralelamente ao tradicional Aaron, temos Christian (Wes Ramsey), homossexual assumido cuja vida se resume a festas e promiscuidades na grande Los Angeles. Vidas paralelas que se cruzam por ironias do destino.

Aaron passa a morar no mesmo condomínio que Christian. A cada encontro, a atração se estampa no olhar. Simples gestos dão a entender que o interesse é recíproco. No entanto, na primeira oportunidade de contato físico, Aaron se deixa dominar pela incerteza. Mais tarde, o atrito se transforma em uma delicada paixão.

Em uma ocasião, os demais missionário Mórmons flagram a relação entre os dois jovens. O fato acarreta sérias consequências a Aaron, inclusive sua excomunhão. A partir daí o filme gira em torno da persistência de Christian em procurar e recuperar seu grande amor. O preconceito e a repressão familiar são ressaltados a cada instante. Paradoxalmente, todo o amor e zelo que Aaron recebia da família se converte em asco e vergonha quando a descoberta vem à tona. Uma família de referências e confianças jamais poderia aceitar um filho homossexual, tanto é que não medem esforços para “curar” Aaron. Os obstáculos a serem enfrentados pelo dois são intensos e dolorosos.

“Latter Days” conflui sensualidade, sensibilidade, drama, comédia e romance. É um filme de densidade rara ao abordar as discrepâncias existentes entre religião e homossexualidade, focando a hipocrisia e o preconceito de uma forma jamais vista no cinema mundial. Fica a pergunta: Será que um Deus bondoso e compassivo puniria um filho cuja vida é propagar a fé, unicamente pelo fato de este ser homossexual? É o que a obra almeja responder.

Confira trechos do polêmico filme:


4 comentários:

Rafael Lopes disse...

O Diuân e seus filmes polêmicos, rss.

Não sei nem o que falar. Sem palavras. Assistam ao filme quem puder, rss

abraço

Cláudio Henrique disse...

Cara, nem sabia que tu mandava bem na Setima Arte. Meus parabens, velho.

Roberto de Barros disse...

Diuân, este filme foi um dos melhores que eu assisti em minha vida. A abordagem que é retratado nesse filme é algo simplesmenete MARAVILHOSO. O Mórmon homossexual tinha uma profundidade e sensibilidade em sua essência que era primorosa. Os diálogos deles foi de um ensino fora de série. PARABÉNS DIUÂN, Seu gosto pela 7 arte é PERFEITO. Seu BLOG É FANTÁSTICO!!! PARABÉNS!!

Roberto de Barros disse...

Diuân, este filme foi um dos melhores que eu assisti em minha vida. A abordagem que é retratado nesse filme é algo simplesmenete MARAVILHOSO. O Mórmon homossexual tinha uma profundidade e sensibilidade em sua essência que era primorosa. Os diálogos deles foi de um ensino fora de série. PARABÉNS DIUÂN, Seu gosto pela 7 arte é PERFEITO. Seu BLOG É FANTÁSTICO!!! PARABÉNS!