quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

TEMPO

O tempo é algo absurdamente ingrato. Às vezes voa ao ponto de não percebermos sua passagem... No entanto deixa marcas. O tempo é capaz de causar frustração. Planejamos muitas coisas a serem feitas no decorrer da vida, no entanto, o algoz tempo não colabora. Faz questão de passar correndo e nos dar uma rasteira, impossibilitando que concretizemos aquilo que idealizamos.
Mais um ano vai embora... Passou tão depressa que a impressão que fica é que praticamente não vivemos! Parece que muita coisa ficou para trás! Esta velocidade sem igual gera estas impressões que, não são reais, mas garantem certa dose de apreensão e, por consequência, uma dolorosa sensação de frustração.
Porém, sou muito grato a 2011. Foi um ano de reflexão. Após a conclusão da faculdade e do meu estágio, parei e refleti. Coloquei tudo na balança. Refleti sobre erros e acertos, perdas e ganhos... Tive experiências profissionais diferentes da minha área de formação, que me ajudaram a perceber que realmente só sei trabalhar como jornalista... Conheci pessoas que somaram muito em minha vida... Amei... Pude me aprofundar em conhecimentos religiosos que preencheram minha alma... Pude estar mais próximo da família... Enfim... Os ganhos foram muitos no ano de 2011.
Agora resta esperar a chegada de 2012, tendo como único arsenal a esperança! Arsenal que nos ajudará a enfrentar os desafios que estão por vir. Seja bem vindo, 2012!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Feliz Natal (de verdade)



Comemorar o natal e ao mesmo tempo ignorar a realidade do mundo soaria como atitude minimamente hipócrita. Nesta época do ano é comum nos depararmos com atitudes que, em outros momentos do ano dificilmente acontecem. Para atender àquilo que o capitalismo ou sei lá o que pregam, parece que certo amor que não sei de onde vem invade o coração das pessoas.

Patrões que passam o ano todo humilhando e explorando funcionários os presenteia com panetones, confraternizações e afins; pessoas fazem “vaquinhas” para entregar cestas básicas aos que necessitam, como se a fome tivesse tempo pré-determinado para ser cessada; pessoas que mal se falam durante o ano todo se abraçam e desejam boas festas... Enfim, a hipocrisia rola solta!

No entanto, não é só de ceticismo que vive este blogueiro que, por sinal, há tempos não passa por aqui. Acredito que o Natal resgata sentimentos que deveriam ser valorizados nos 365 dias do ano. São atitudes básicas de humanidade que não podem ser prescindidas. Atitudes que, se praticadas com maior freqüência, tornaria o mundo um pouco melhor. O Natal poderia se estender por todo o ano, para que as pessoas passassem a “amolecer” o coração como fazem nesta época do ano.

Nunca fui adepto às comemorações de festas natalinas. Participo mais por convenção social. É muito bom sim estar em família, no entanto, acredito que também possamos comemorar juntos em outras ocasiões.

Dou mais valor ao que a maioria das pessoas, em virtude do consumismo voraz motivado pelo capitalismo nesta época do ano, acaba esquecendo: o grande mistério da encarnação de Deus, que assumiu inteiramente a condição humana, sobretudo as imperfeições. Ele veio como luz para iluminar as trevas da humanidade que havia perdido a esperança. É este o sentimento que deve nortear nossa vida, a fim de que saibamos manter olhar esperançoso frente ao mundo e, assim, estender para toda a existência os sentimentos natalinos.