domingo, 25 de janeiro de 2009

Pascom: A boa-nova anunciada pela mídia


Os veículos de comunicação de massa são julgados, em sua maioria, como formas de manipulação e propagação de conteúdos negativos. No entanto, são concepções generalizantes motivadas por informações defasadas e pré-estabelecidas. São inúmeros os prodígios que os meios de comunicação acarretam. Tendo em vista esta perspectiva, a paróquia Imaculada Conceição de Birigui passou a utilizar os benefícios de tais veículos para fomentar a integração dos jovens e de toda a sociedade à Igreja.

A recém-criada Pastoral da Comunicação (Pascom) visa estabelecer um diálogo próximo a toda comunidade através do site, pioneiro na diocese, http://www.imaculadabirigui.com.br/. Na home page, é possível buscar horários de missas, mensagens de fé, informações sobre as pastorais e comunidades, informações sobre o santo do dia, dentre outras coisas. Um site que preza a formação catequética, por ser de caráter formativo. Já existe também uma comunidade no Orkut dedicada aos membros da paróquia, tudo para alimentar o desejo dos jovens em fazer parte do reino de Deus, não por obrigação, mas por desejo. Além disso, já existe há algum tempo o informativo O Comunitário, que divulga todos os acontecimentos vivenciados pelas comunidades membros da paróquia.

Evidenciando a inter-relação humana, através de recursos e instrumentos que facilitem o intercâmbio de informações e de manifestações das pessoas no interior da comunidade ou da comunidade para o mundo que a rodeia, os membros da Pascom agem como verdadeiros educadores. E os projetos não se restringem apenas ao site e ao jornal. Ações de inclusão digital já estão na pauta de nossos trabalhos.

É digno de muito esmero a iniciativa da Pascom. Utilizar a comunicação para o bem é a melhor maneira de propagar ações capazes de beneficiar e transformar a vida da sociedade. Inspirados em São Paulo, agimos como verdadeiros anunciadores da boa-nova. Confira os membros da Pastoral da Comunicação da Paróquia Imaculada Conceição de Birigui:

-Lucas
-Rafael
-Lucia
-Juliana
-Marcio
-Luciano
-Diuân (eu)
-Kayo
-Evandro
-César
-Bruno
-Frei Zeca (nosso Pároco)

domingo, 18 de janeiro de 2009

Dica de cinema: "De olhos bem fechados"

Instintos à flor da pele

Profissionais da psicologia afirmam que a subjetividade humana é formada por três instâncias intituladas id, ego e superego. O ego corresponde ao próprio eu, que sofre as ações das demais instâncias. O id relaciona-se aos mais profundos e animalescos instintos; o superego, por sua vez, age de maneira a equilibrar o ego para que não sofra as conseqüências das ações do id. Mas às vezes, é difícil fazer com que os instintos dominados pelo id não sobressaiam às regras morais pré-estabelecidas pelo superego. Talvez seja este o motivo de todo o conflito que permeia um dos filmes mais polêmicos e perturbadores da história do cinema mundial: De olhos bem fechado (Eyes wide shut).

Gravado em 1999, o último filme dirigido pelo mestre Stanley Kubrick (de Laranja Mecânica e O Iluminado) narra os conflitos internos vivenciados pela sociedade americana. A partir do casal Bill Harford (Tom Cruise) e Alice Harford (Nicole Kidman), a antologia explora a deplorável condição do american way of life. Absolutamente todos se deixam levar pelos instintos, que são encobertos pela máscara de atores sociais.

Tudo começa a partir de uma confissão: Alice, sob o efeito de drinks e baseados, revela ao marido que já o traiu em pensamento; ela afirma que o desejo por um homem que a seduziu só não foi consumado devido ao fato de ela ser casada, porém, pensou em abandonar a vida de mãe de família para compensar seus desejos. A confissão desperta em Bill uma sensação de frenesi.

Após a confissão, o telefonema de uma paciente faz com que o Dr. Bill perambule pela conturbada noite das ruas de Nova York. Sempre com a imagem da traição não consumada da mulher dominando seus pensamentos, o homem procura maneiras de se vingar. Porém, todas as tentativas se frustram.

Em um bar, Bill encontra um pianista, amigo de longa data, que fala a ele algo a respeito de uma espécie de sociedade secreta na qual acontecimentos estranhos acontecem. O pianista toca na tal casa todas as noites, porém, sempre com os olhos vendados. Imediatamente Bill se interessa pelo lugar. Para adentrar nas cerimônias da tal sociedade é necessário usar uma máscara e trajes sociais, além de conhecer a senha de acesso ao local. Bill Harford providencia tudo. Indubitavelmente as máscaras servem de pano de fundo para discutir a capacidade cínica do ser humano.

Em uma das cenas mais envolventes, Harford vai até a loja de fantasias para comprar seu traje. No lugar, depara-se com uma situação estranhíssima: a filha do vendedor estava consumando ato sexual com dois homens muito mais velhos! O pai, por sua vez, permitira a situação, é claro, em troca de dinheiro. O olhar de Harford para o ocorrido, uma confluência de horror e desejo, desperta uma sensação de asco no espectador. Talvez aí Stanley Kubrick atingiu uma de suas metas: revelar a decadência da moral humana. Absolutamente nenhuma personagem está livre de problemas psicológicos.

A partir daí o filme traz à tona as peculiaridades das obras comandadas por Kubrick, nas quais as compreensões estão embutidas em simples atitudes. Ao chegar ao local dos encontros da sociedade, Bill depara-se com um ritual belo e ao mesmo tempo perturbador e aterrorizante. Neste momento aspectos como o voyeurismo são escancarados. Em meio à orgia, em momento algum Bill trai a mulher. Ele age apenas como mero espectador. As cenas de sexo são idealizadas com perfeição. A música, o cenário e a coreografia corroboram para a não-vulgarização das cenas. Valem apenas como subterfúgios que desmascaram os mais profundos instintos e fantasias que dominam qualquer ser humano. Característica inerente à Kubrick.

Não demora muito tempo para que Bill seja descoberto pelos membros da seita. A ameaça de que se ele contasse o que viu a alguém sua família pagaria, leva o homem a um estado de alucinação. A partir daí, muito suspense e neurose passam a dominar a sensual trama.

De olhos bem fechados é o tipo de filme que causa mal-estar no espectador devido à intensidade das emoções representadas. Os momentos de silêncio no qual tudo é dito com o olhar, revelam a entrega total das almas dos atores capitaneados por kubrick. A trilha sonora também reforça o frenesi vivido pelas personagens e aumenta o impacto das seqüências. É o típico filme de Stanley Kubrick, capaz de adentrar profundamente na mentalidade humana, demonstrando com requinte o dualismo fantasia/realidade.


Confira um dos momentos mais marcantes do filme. A entrada de Bill Harford (Tom Cruise) no ritual da polêmica seita! Sequência perfeita! Reparem na trilha e na cenografia:



OBS: texto escrito seguindo os padrões da reforma ortográfica.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Sugestão de Leitura!!!

Os Miseráveis: uma história de superação!

Nas férias da faculdade me comprometi a ler um livro chamado Os Miseráveis (Les Miserables). Não sabia absolutamente nada a respeito da obra! Fui atraído pelo título. Sabia somente que o autor, o francês Victor Hugo, era o mesmo de grandes sucessos como O corcunda de Notre Dame e Os trabalhadores do mar.

A princípio, a linguagem densa e arcaica (afinal, foi escrito no século XIX) me fez pensar em abandonar a leitura. No entanto, a história abduziu-me a ponto de despertar a sangria em terminar a leitura para desvendar o desfecho!

A antologia narra a saga de Jean Valjean. O homem condenado a anos de prisão por roubar comida. Cumprida a pena, uma reviravolta acontece na vida de Valjean: ele se torna, não se sabe por qual motivo, um próspero empresário, proprietário de muitos bens. Sempre guiado pelo altruísmo, não media esforços em ajudar quem cruzasse seu caminho. A benevolência e a abnegação eram inerentes a ele.

Em determinado momento, o destino de Valjean cruza-se com o da garotinha Cosette, a cotovia. A menina, de aparência digna de pena, vivia sob os mal-tratos dos Thenárdier. Constantemente espancada e forçada a desempenhar serviços braçais, a pobre menina sonhava em ter uma boneca de pano como a que as filhas do casal Thenárdier possuíam. Não passava de pura utopia. Cosette era espancada pelo simples fato de olhar as meninas brincando com a boneca.

Certa vez, em uma noite escura, Jean Valjean encontra Cosette na rua carregando um pesado balde com água. Ele então a ajuda levar o balde até a estalagem dos Thenárdier. Após muita insistência, Valjean consegue passar a noite no local.

A rica e famigerada poética narrativa usada por Victor Hugo, desperta no leitor uma sensação próxima a hipnose. É impossível parar de ler! Um dos ápices da história se dá quando Valjean presenteia a garota Cosette com a boneca mais cara e cobiçada existente na região. A maneira como a menina reagiu ao ganhar sua primeira boneca é narrada de tal forma que dificilmente algum leitor ficaria indiferente.

O amor paternal aflora no coração de Valjean. A empatia por aquela frágil criatura o envolve profundamente. Eis que ele oferece dinheiro aos Thenárdier para ficar com a garota. A partir daí, uma série de aventuras acontecem. Perseguições, conflitos, amor, ódio, inveja, pilantragem, tudo isso é congregado em Os Miseráveis. Um livro que valoriza a capacidade humana de fazer o bem sem medir esforços, além de realçar aspectos como a cobiça e a ambição. Caberá ao leitor descobrir quem são os verdadeiros miseráveis.

Bons livros são aqueles que acrescentam algo em nossas vidas, o que é o caso de Os Miseráveis. Eu recomendo!

Dica de Leitura!!!

Os Miseráveis: uma história de superação!


Nas férias da faculdade me comprometi a ler um livro chamado Os Miseráveis. Não sabia absolutamente nada a respeito da obra! Fui atraído pelo título. Sabia somente que o autor, o francês Victor Hugo, era o mesmo de grandes sucessos como O corcunda de Notre Dame e Os trabalhadores do mar.

A princípio, a linguagem densa e arcaica (afinal, foi escrito no século XIX) me fez pensar em abandonar a leitura. No entanto, a história abduziu-me a ponto de despertar o desejo de terminar a leitura para desvendar o desfecho!

A antologia narra a saga de Jean Valjean. O homem condenado a anos de prisão por roubar comida. Cumprida a pena, uma reviravolta acontece na vida de Valjean: ele se torna, não se sabe por qual motivo, um próspero empresário, proprietário de muitos bens. Sempre guiado pelo altruísmo, não media esforços em ajudar quem cruzasse seu caminho. A benevolência e a abnegação eram inerentes a ele.

Em determinado momento, o destino de Valjean cruza-se com o da garotinha Cosette, a cotovia. A menina, de aparência digna de pena, vivia sob os mal-tratos dos Thenárdier. Constantemente espancada e forçada a desempenhar serviços braçais, a pobre menina sonhava em ter uma boneca de pano como a que as filhas do casal Thenárdier possuíam. Não passava de pura utopia. Cosette era espancada pelo simples fato de olhar as meninas brincando com a boneca.

Certa vez, em uma noite escura, Jean Valjean encontra Cosette na rua carregando um pesado balde com água. Ele então a ajuda levar o balde até a estalagem dos Thenárdier. Após muita insistência, Valjean consegue passar a noite no local.

A rica e famigerada poética narrativa usada por Victor Hugo, desperta no leitor uma sensação próxima a hipnose. É impossível parar de ler! Um dos ápices da história se dá quando Valjean presenteia a garota Cosette com a boneca mais cara e cobiçada existente na região. A maneira como a menina reagiu a ganhar sua primeira boneca é narrada de tal forma que dificilmente algum leitor ficaria indiferente.

O amor paternal aflora no coração de Valjean. A empatia por aquela frágil criatura o envolve profundamente. Eis que ele oferece dinheiro aos Thenárdier para ficar com a garota. A partir daí, uma série de aventuras acontecem. Perseguições, conflitos, amor, ódio, inveja, pilantragem, tudo isso é congregado em Os Miseráveis. Um livro que valoriza a capacidade humana de fazer o bem sem medir esforços, além de realçar aspectos como a cobiça e a ambição. Caberá ao leitor descobrir quem são os verdadeiros miseráveis.

Bons livros são aqueles que acrescentam algo em nossas vidas, o que é o caso de “Os Miseráveis”. Eu recomendo!