domingo, 28 de dezembro de 2008

E se hoje fosse o último dia de sua vida...


O que você faria se hoje fosse o último dia de sua vida? Provavelmente ficaria perto de quem mais ama, faria as coisas de que mais gosta e compartilharia com o mundo sua felicidade! A vida, indiscutivelmente é efêmera e devemos aproveitá-la ao máximo! Não podemos permitir que nosso eu profundo seja seqüestrado pelos fantasmas ladrões de almas. Fantasmas que estão presentes cotidianamente a nosso lado e não nos damos conta!

Esses seqüestradores correspondem a tudo que nos desanima e faz-nos desistir de atingir nossas metas traçadas; são pessoas e situações que nos fazem desistir de nós mesmos, que nos tiram o chão.

A melhor maneira de romper com tudo o que nos desanima e faz com que percamos o sentido existencial, é viver a vida sem se importar com o que os outros pensam! Há momentos em que parecer louco nos ajuda a nos encontrar com nosso próprio eu! Não nos ocultemos! Não vamos permitir que alguém roube nosso mais valioso bem: a subjetividade!

Esse é meu último post do ano. Estou aqui, sentado em frente ao computador sem ter o que escrever sobre esse ano que está indo embora. Prefiro escrever coisas que serviram de ensinamento a mim. Gostaria de poder contribuir com a vida de quem visita esse espaço com o qual eu me sinto livre.

Mas enfim, o que posso dizer de 2008... Foi um ano repleto de realizações e também de dificuldades para mim! Muita gente (seqüestradores de almas) tentou me tirar o chão, mas uma força maior me ajudou a dar a volta por cima! Digo isto sem medo de ser taxado de ridículo ou piegas! Parece que nesse ano fui presenteado com uma maturidade advinda de momentos difíceis... Conheci amigos, muitos amigos, que tenho a certeza de que poderei contar pelo resto de minha efêmera existência... Descobri o verdadeiro sentido que Deus concede a todas as coisas... Preconceitos que dominavam meu ser foram inexplicavelmente banidos... Dons que eram ocultados pela minha intensa timidez foram aflorados... Consegui meu tão sonhado estágio... Criei um blog para manifestar meus sentimentos e aperfeiçoar minha narrativa... Estou me descobrindo a cada dia e também as pessoas que me cerca...

Pois bem, só tenho a agradecer a Deus por tudo que conquistei em 2008! Espero que 2009 seja ainda melhor! Mal posso acreditar que farei 20 anos em fevereiro! Há momentos em que ainda me sinto uma criança! A passagem do tempo ainda é um fato que capaz de me gerar angústia, já que é incontrolável. Mas isso faz parte do ciclo da vida! O tempo passa! E como eu disse no começo, é bom pensarmos em o que faríamos se estivéssemos vivenciando o último dia da vida que Deus nos deu de presente! Somente assim poderemos aproveitar, sem medo de ser feliz, nossa passagem por esse mundo!

UM FELIZ 2009 A TODOS!!!!!!!!!! Acreditem em vocês mesmos! Somente assim poderão chegar ao topo!

domingo, 21 de dezembro de 2008

Um Feliz Natal...


Eis que estamos vivendo mais um Natal. É engraçado e ao mesmo tempo assustador como o tempo passa rápido! Até parece que foi ontem que começou o ano de 2008! Então, vamos falar desse dia tão especial!

É mais que senso-comum dizer que esta é uma época de paz e de amor. No entanto, não existe outro argumento capaz de explicar o verdadeiro espírito natalino. Neste dia no qual se celebra o nascimento de Jesus cristo nota-se que o ser humano, em geral, torna-se mais propício a praticar o bem. São diversas as campanhas de arrecadação de brinquedos e roupas a pessoas carentes, distribuição de alimentos a marginalizados, enfim, tudo é feito com base no amor e no altruísmo.

Reuniões entre amigos e família justificam a comunhão fraterna e o bem-estar. Por mais simples que possa ser, as pessoas sentem-se, digamos, obrigadas a estarem juntas para viver esta data especial. São simples acontecimentos que ainda sustentam o espírito de Natal.

Tudo bem. O Natal é uma data de extrema importância para nós cristãos, mas é inevitável dizer que já foi vivenciado com mais entusiasmo. Atualmente o consumismo exacerbado tomou conta de nosso cotidiano. Realizamos confraternizações quase que diariamente e, sendo assim, toda a expectativa para a chegada do vigésimo quinto dia do mês de dezembro, que antigamente era tão aguardado, simplesmente desapareceu. A data é vista como mais uma festa comum, entretanto, com as pessoas que mais amamos a nosso lado.

Já que o Natal não é mais esperado com entusiasmo como antigamente, vamos procurar vivenciá-lo da maneira mais especial possível! Não é necessário fartura ou riqueza. Estamos celebrando a chegada de um menino que nasceu em uma manjedoura e que fez opção pelos pobres. Não deixemos que o consumismo tome conta de nosso interior. Vivenciar os simples gestos que ainda não morreram, é o melhor modo de termos um FELIZ NATAL!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Turminha ESTADO


Certa vez, eu e meus amigos Angélica Neri e Rafael Lopes estávamos no laboratório de redação da faculdade quando começamos a ouvir comentários maldosos vindos do fundo da sala.

Um grupo de amigos estavam nos chamando ironicamente de "Turminha Estado", sabe-se lá por qual motivo...


Na hora ficamos magoados, visto que nos incomodava o fato de que alguém estava tentando causar conflitos numa sala onde todos têm potencial e capacidade para chegar ao topo!


O apelido talvez provém de uma videorreportagem produzida no início de 2008 para o concurso da Semana de comunicação e Moda do Unitoledo (SECOMT). O árduo e ousado trabalho nos garantiu a vitória absoluta do concurso, no entanto, causou certo mal-estar em indivíduos que não sabem o que é perder! Realizamos sonoras com profissionais do Jornal O ESTADO DE S. PAULO.


Como já disse, acredito que todos nós seremos grandes jornalistas, mas bons profissionais são, antes de mais nada, humildes! Mas enfim, adoramos o apelido!!! E ganhamos fãs, visto que até uma comunidade no orkut foi criado em nossa homenagem!!!!! (http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=51835836)


Confira a polêmica reportagem gravada com uma câmera de celular! Os entrevistados são os jornalistas Juca Varella e Francisco Ornellas. Cristiano Morato, nosso amigo de sala, colaborou para a idealização das entrevistas.






Primeiramente gostaria de me desculpar pelo tempo que fiquei sem postar!
Agora o tempo está escasso, mas prometo atualizar com mais frequência.

Em postagens anteriores falei sobre a questão da fé, algo sem explicação que vem de nosso interior! Uma música muito especial interpretada lindamente pelo Padre Fábio de Melo justifica, em partes, o verdadeiro significado da fé! "Não desista do amor".

A maior lição da música é convencer que o tempo de Deus é diferente do noso! É difícil esperar, mas Deus tem um tempo para agir e pra curar... só é preciso confiar! E essa confiança, nada mais é do que a fé madura!!!! Portanto jamais desista da fé e do amor!!!!!!!

Confira a linda canção!!!!



Espero que toque seu coração!!!!!!!!!!!

domingo, 30 de novembro de 2008

Sugestão de Leitura: "Minha Razão de Viver- Memórias de um repórter"

O Verdadeiro Rei do Brasil


Vitórias, conquistas e fracassos são situações comuns no enredo da vida. No decorrer de nossa existência, deparamo-nos com situações que podem gerar alegrias ou frustrações. Somos protagonistas de uma grande peça de teatro. Nossos caminhos são frequentemente cruzados por pessoas das mais diferentes índoles, capazes de nos fazer tanto o bem quanto o mal. Diferentemente das demais espécies, o ser humano é dotado de sentimentos e, portanto, capaz de sonhar.

A história de um grande sonhador, colecionador de vitórias e fracassos, é retratada com perfeição na obra Minha Razão de Viver- Memórias de um repórter (Editora Record, 1988, 282 páginas). A antologia, cuja leitura deveria ser feita por toda a comunidade jornalística, é narrada pelo próprio Samuel Wainer. Toda saga dele, desde a infância pobre no bairro judeu do Bom Retiro, até a criação do jornal “Última Hora”, é emocionalmente imortalizada nas páginas deste livro de memórias.

Wainer revolucionou o jornalismo brasileiro ao introduzir, com a ajuda do então ex-ditador Getúlio Vargas, um periódico à frente de seu tempo. Nos conturbados anos de 1950, toda a imprensa existente no país visava a divulgar interesses e opiniões dos proprietários. A proposta do Última Hora era diferente: o jornal, como afirmava Samuel Wainer, seria uma arma do povo. Porta-voz do getulismo, o jornal não obedecia exclusivamente aos interesses de Wainer.

Inicialmente a revolução no jornalismo foi catastrófica. Mad decorrido algum tempo, o Última Hora transformou-se em um grande sucesso. Foi o pioneiro no uso de cores fortes e fotos grandes na primeira página; obrigou toda a imprensa a divulgar o getulismo; criou a primeira coluna social; enfim, o sucesso do jornal incitava os grandes senhores da imprensa, dominados pela inveja, a destruir samuel Wainer.

Antes de se aventurar na criação de um jornal próprio, Wainer era repórter dos “Diários Associados”, propriedade do atípico Assis Chateaubriand. Ao desvincular-se das empresas de Chateaubriand para criar seu próprio jornal, Wainer passou a ser visto por Chato como uma ameaça a seu império. Em conivência com Carlos Lacerda, arquiinimigo de Samuel, Chato não economizou esforços para destruí-lo. Em uma das mais perturbadoras tentativas, a dupla levou a público o fato de Wainer não haver nascido no Brasil. Devido a este episódio, nosso herói passa um tempo na cadeia, visto que estrangeiros eram impossibilitados de possuir empresas de comunicação. Entretanto, Wainer fora libertado e considerado um exemplo de brasileiro pela paixão que demonstrava pelo país.

Em uma narrativa alinear, Minha razão de viver, por se tratar de um livro de memórias, é evidentemente, dotado de subjetividade e emoção. A impressão trasnmitida ao leitor é a de que Wainer fora um idealista. Acontece que o idealismo, como o próprio termo indica, restringe-se única e exclusivamente ao mundo das idéias. Portanto, nem sempre se converte em realidade.
Convém dizes que Wainer fora um grande aventureiro. Sempre agia com a esperança de que todas as suas aspirações estivessem fadadas a se concretizarem de maneira bem-sucedida.
O Última Hora foi a primeira cadeia jornalística nacional efetivamente homogênea. O jornal que sobreviveu à ditadura. Entre vitórias e fracassos (aliás, Wainer não se intimida em revelar seus incontáveis fracassos), foi desde a idealização até a ruptura, a razão de viver de Samuel Wainer, o jornalista.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Confira abaixo uma matéria idealizada por mim, juntamente com meu amigo de classe Cristiano Morato, acerca do Instituto Solar de Birigui. O objetivo da ong é orientar portadores do vírus HIV.



A Lepra do século XXI
Ong de Birigui auxilia portadores do vírus HIV/AIDS.
Cristiano Morato
Diuân feltrin
“Encontramos pessoas que enfrentam os mesmos problemas ou maiores que nossos. Sempre há alguém para nos dar uma palavra de consolo, é bom saber que você não é o único do mundo. A Solar é a minha família aqui em Birigui.”

As palavras de Néia servem de consolo para aqueles que temem que a vida se acabe após contrair o vírus HIV. Com diversos métodos preventivos, jovens de todas as idades insistem em arriscar a própria vida em um jogo sem volta. Há seis anos, Néia descobriu que era portadora do HIV. Emagreceu muito, e a partir de então, fez o teste e o resultado foi positivo. Ela não faz idéia de como se contaminou, mas desconfia de um ex-namorado que já faleceu.

Há onze anos a Ong Solar Eunice Weaver, com utilidade pública municipal, presta assistência às pessoas com AIDS. Atendem cerca de 30 famílias, que participam de reuniões sócio-educativas semanalmente, nas quais recebem alimentos e leite para auxiliar a ingerir a medicação, além de acompanhamento psicológico nas famílias e visitas domiciliares.

A maioria das pessoas que procura a instituição vive em bairros pobres da periferia. Não tem escolaridade, não conseguiram sequer concluir o Ensino Fundamental. Muitos não têm profissão definida, são pessoas que não têm renda fixa, pagam aluguel e têm mais de um filho.
A maioria das participantes das reuniões são mulheres. Muitas contraem o vírus de seus companheiros, que por sua vez, contaminam-se através de relações extraconjugais ou consumo de drogas.

Em 2001, quando foi realizar o exame pré-natal, Júlia (nome fictício), estava grávida de quatro meses. Ao conferir os resultados, descobriu que tinha HIV. Revoltada, sentiu-se traída pelo ex-marido, rejeitada pela família que não aceitava a doença, e muito deprimida, procurou a Solar, onde teve apoio, assistência e “amigos prontos para ajudar.”

Júlia trabalha, estuda é mãe, esposa e leva uma vida “normal”. Já Néia, encontra dificuldades para encontrar emprego. “Os patrões têm medo de nos empregar e ficarmos doentes alem do preconceito que é muito grande”, afirma. Para a presidente da Solar, Mara Masson, a lepra sempre foi vista com preconceito. “As pessoas não se aproximavam dos leprosos, a Aids é a lepra da atualidade”, revela.

Muitos jovens, ao iniciar a vida sexual, previnem-se, mas com o tempo acabam buscando em festas, diversões e adrenalina. Por isso usam drogas e praticam sexo com mais de uma pessoa sem “camisinha”. Contraem o vírus e, sem saber, passam para outras pessoas. O HIV é o vírus da imunodeficiência humana e a Aids é doença provocada pelo vírus. Uma pessoa pode ter o vírus e levar muitos anos para que a Aids se manifeste. O teste do HIV é gratuito, feito pela rede pública de saúde de cada cidade. É a melhor forma de ter a certeza de que se está saudável.
Mara Masson diz que com o tratamento, a aparência do paciente se torna normal. “Ninguém imagina o sofrimento pelo qual eles passam. Não é fácil conviver com o vírus”, diz. A Solar distribui cerca de 3000 preservativos por mês em campanhas. Os preservativos podem ser adquiridos na instituição e em postos médicos. “Está na hora dos jovens passarem a usar preservativo nas relações sexuais”, aconselha a presidente da Ong.

Beijo no rosto, talheres, copos, assentos de ônibus, piscinas, banheiros, sabonetes, toalhas, lençóis, picada de inseto, suor, lágrimas e sexo feito com preservativo, são fatores que não transmitem a doença. A diferença entre a lepra e a Aids é que esta não é transmissível. Os diversos medicamentos mantêm a aparência do paciente “normal”. Existem pessoas que não resistem à intensidade do tratamento, devido aos efeitos colaterais. Sendo assim, a resistência do corpo torna-se frágil. O indivíduo adoece e em seguida vem a falecer.

domingo, 23 de novembro de 2008

Sugestão de Filme!!! "AO VIVO!"

A vida como espetáculo
A televisão mundial tem como principal meta a busca por elevados índices de audiência. Isso traz prestígio, credibilidade e, principalmente, atrai muitos anunciantes, o que é fundamental e dá sustentação aos veículos membros da produção capitalista. Acontece que para atingiram tal finalidade, as redes utilizam-se de artimanhas muitas vezes, digamos, não-convencionais.

Com base nesse contexto, o diretor Bill Guttentag, realiza em 2007 o filme “Ao Vivo!” (“Live!”). A obra conta a história de Katy Coubert (interpretada com perfeição por Eva Mendes, de “Lenda Urbana II” e “Mulheres- o sexo forte”), exigente diretora de programação de uma emissora de TV fadada ao fracasso e à mesmice. Katy almejava idealizar um programa que se desligasse de tudo o que predominava na televisão americana. Desejava um programa impactante, mas que fosse diferente dos reality shows de sucesso como Big Brother e American Idol.

Juntamente com uma equipe de profissionais, Katy estuda diversos produtos. No entanto, uma idéia proposta por uma das produtoras desperta atenção especial em Katy. Questionando o interesse que o telespectador possui em acompanhar a morte, surge a proposta de um programa no qual o jogo da Roleta Russa seria a temática. O que começou com uma simples brincadeira, transformara-se na obsessão de Katy. Após intensas brigas e discussões acerca do projeto, eis que a emissora consegue levá-lo ao ar.

Seis pessoas de personalidades distintas são escolhidas para compor o elenco do ousado projeto. Apontando uma arma diretamente a cabeça, todos correriam o risco de morrer ao vivo durante o programa, mas apenas um deles ganharia o prêmio: uma grande quantia em dinheiro que resolveria a vida de qualquer um.

Ousado. Envolvente. Misterioso. O filme desperta no espectador uma série de sensações ao propor discussões como a liberdade de expressão, a preservação da vida e a incessante busca pela audiência. Filmado propositalmente com a câmera em constante movimento, o filme assemelha-se a um reality show. Os diálogos entre Caty e seus produtores apresentam argumentos capazes de fazer com que o espectador abandone a condição passiva de mero ouvinte. Nesses diálogos, involuntariamente se desperta uma intensa vontade de discutir sobre o tema.

Com um final surpreendente, “Ao Vivo” não chega a ser uma grandiosa produção cinematográfica. Está longe de ser semelhante aos filmes convencionais que procuram atender às expectativas do mercado publicitário. No entanto é uma produção inteligente, e ao mesmo tempo uma ótima opção para quem procura alguns momentos de diversão. Vale a pena conferir!
Informações Técnicas
Título no Brasil: Ao Vivo!
Título Original: Live!
País de Origem: EUA
Gênero: Drama
Classificação etária: 18 anos
Tempo de Duração: 96 minutos
Ano de Lançamento: 2007
Estúdio/Distrib.: Imagem Filmes
Direção: Bill Guttentag

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Uma questão de fé

A fé é uma questão geradora de intensos debates na sociedade atual. Questionamentos, incertezas e frustrações congregam as inúmeras pautas que intensificam as discussões acerca de tal assunto. Acontece que a fé jamais teve e jamais terá explicação. Pode parecer puro subjetivismo barato, pieguice, mas é fato que a grande façanha de ter fé é o fato de acreditar sem ter visto!

Acontecimentos muitas vezes imperceptíveis reforçam a convicção de que algo superior existe! A graça divina encontra-se presente nos mais corriqueiros momentos do cotidiano. Momentos considerados banais denotam a verdadeira presença de Deus vivo em nosso meio!

Você já parou para pensar em como é belo o amanhecer de um dia? Já prestou atenção em como uma simples frase como “Bom Dia”, pronunciada com sinceridade, é capaz de nos dar ânimo mesmo quando tudo parece estar dando errado? Já reparou no brilho dos olhos das pessoas que nos cercam? Já percebeu que o coração de pobre é muito mais rico do que de pessoas com alto poder aquisitivo? Percebeu que alguns amigos nos fazem bem apenas com sua presença? Enfim, Deus se encontra no meio de nós nos mais singelos momentos...

Escrevi esse texto a partir de uma conversa que tive com um amigo. Ele praticamente se revoltou com tudo que se relacionava a existência divina. No entanto, constatei que a visão de alguns ateus sobre a vida é muito mais primorosa do que a de determinados cristãos convictos. A explicação que ele me deu foi a seguinte: “Se Deus está realmente presente em nosso meio, como pode o mal sobressair-se sobre o bem?”

Tal frase, caros amigos, denota o verdadeiro sentido de uma fé madura: acreditar que dois caminhos existem e cabe ao ser humano adquirir discernimento para decidir-se sobre qual deles seguir. Quanto a fé, já disse, não tem explicação. É algo intrínseco que nasce do interior de cada ser humano e amadurece com o passar dos anos. Vale a pena pensar...

domingo, 9 de novembro de 2008

Heróis que matam

Dia 23 de abril de 1975. Os relógios já marcam altas horas da madrugada. Três jovens de classe média passeiam pelas ruas da grande São Paulo em um fusca azul. Os policiais militares suspeitam dos jovens e passam a persegui-los incessantemente. O motorista, o menor Francisco Noronha, temendo pelos policiais, acelera o máximo que pode. Entre bruscas freadas e curvas perigosas, perde a direção e colide com um poste.

 

Os policiais militares das rondas Ostensivas Tobias de Aguiar número 66, abordam os três jovens com tiros à queima-roupa. Aniquilam um por um sem motivo pré-estabelecido. Detectam se estão realmente mortos e os levam ao hospital alegando se tratarem de criminosos. Alteram o local do crime, dificultando o trabalho da perícia. Diversos casos com as mesmas características aconteceram a partir de então.

 

Esse fato despertou o instinto detetivesco do jornalista Caco Barcellos que passa a investigar todos os casos de extermínio de supostos criminosos pela PM. A árdua e invejável pesquisa de 22 anos resultou em uma obra detalhista, requintada e perturbadora. “Rota 66- A História da Polícia que Mata” (Editora Record, 2003, 350 páginas), equipara-se a famosos best-sellers de ficção. Os detalhes do sadismo dos “defensores da lei” estancam no leitor uma confluência de sentimentos como angústia, nojo, apreensão, ódio e ansiedade. Difícil crer que se trata de uma realidade brasileira.

 

O episódio dos três jovens do fusca azul obteve repercussão na época porque foi contrário às práticas comuns de extermínio tradicionais: a maioria dos assassinados eram pessoas pertencentes a camadas sociais desprivilegiadas, moradores da periferia de São Paulo, negros e menores de idade.

 

O autor é capaz de traçar em sua narrativa, aspectos físicos e psicológicos das personagens exterminadas e dos policias opressores, a ponto de causar a impressão de que são criações dele. Isso é resultado de arriscadas entrevistas com familiares das vítimas e intenso aprofundamento analítico em documentos esquecidos da polícia militar. Com o livro, Caco Barcellos procura solucionar os casos de injustiça, opressão e abuso de poder por parte daqueles que, teoricamente, deveriam honrar a justiça.

 

 

Passados alguns anos desde a elaboração da obra de Caco Barcellos, a mascarada impunidade prevalece. No dia 28 de junho de 2008 o policial militar Marcos Parreira do Carmo baleou o estudante Daniel Duque, 18 anos, na saída de uma boate do Rio de Janeiro. O resultado do julgamento não poderia ser diferente. Em uma atitude descaradamente corporativista, o júri garantiu inocência ao PM. Resultados como esses são relatados de forma contestadora na descrição dos inquéritos que julgavam as operações das Rondas Ostensivas.

 

“Rota 66” possui peculiaridades que o assemelha ao grandioso e famigerado clássico de Truman Capote, “A Sangue Frio”. Descrições minuciosas, riquezas de detalhes e narrativa cativante são elementos comuns a ambos. O trabalho de Barcellos revela a excelência da função social desempenhada pelo jornalismo. Serve como fonte de inspiração para qualquer profissional que almeja aperfeiçoar-se e para quem simpatiza com eletrizantes histórias de ação.   

domingo, 26 de outubro de 2008

Demorou mas consegui!

Pois é pessoal. Às vezes na vida é necessário esperar muito para conseguir atingir alguns objetivos traçados. Meu principal objetivo até então era conseguir um estágio para aperfeiçoar meu aprendizado como estudante de Jornalismo.
Na segunda-feira dia 20/10 estava eu lá no laboratório de redação da faculdade em plena aula de Projetos Gráficos, quando o Rogério da Udop (União dos produtores de Bioenergia) me chamou para conversar. Fui falar com ele, que me convidou para realizar uma prova no dia seguinte na sede da Udop.
Na terça-feira fui até lá e encarei um longo teste de Português, Matemática, Noções espaciais e Raciocínio abstrato. Passou duas horas e eu terminei o teste. Voltei para Birigui. No mesmo dia meu telefone toca. Era o Rogério dizedo que eu havia superado todas as expectativas na prova e me perguntou quando eu poderia começar! Na hora não tive reação e respondi: “Você que sabe!” e ele disse: “Por mim pode ser amanhã!”
Na quarta-feira fui até a Udop e comecei meu estágio! Demorou mas consegui! Isso é prova de que a espera é fundamental para que nossos sonhos possam vir a tornar-se realidade!
Como moro em Birigui, minha vida tornou-se um pouquinho agitada! Todos os dias vou no ônibus das 8 da manhã e só volto no ônibus das 22h. Sem falar nas 2 horas de almoço que passo lá nas ruas de Araçatuba! Para se conseguir algo na vida é realmente preciso um pouco de esforço! Sei que vale a pena! O reconhecimento virá! E acredito que ainda tem muito pela frente! Isso é só o começo!
Primeiramente devo agradecer a Deus! Sei que nada acontece por acaso na vida de alguém! Ele só nos reserva coisas boas. Também agradeço à professora Karenine que me indicou ao Rogério!
Espero que esse estágio me renda bons frutos! A quem torceu por mim, agradeço muito! A quem não torceu também devo agradecer!
Até a próxima!!!

domingo, 19 de outubro de 2008

Uma ótima opção de leitura!!!

Detalhes perturbadores de um brutal assassinato

Uma pequena cidade localizada ao oeste do Kansas. Vidas indiscutivelmente opostas. De um lado, uma família bem-sucedida, do outro, dois sujeitos perdidos mundo afora. O cenário tranqüilo de Holcomb jamais poderia sugerir que um brutal assassinato pudesse ocorrer naquela simples cidade. Porém, a chegada de dois forasteiros transformou completamente o cotidiano do lugar. A missão de Perry Smith e Dick Hickock era realizar um roubo na residência da família Clutter, mas os rumos da história seriam diferentes.

Além do roubo, os homens se viram forçados a exterminar cada membro da família para não serem identificados. Uma chacina que marcou para sempre a pacata Holcomb. A história é real, mas o grande escritor e jornalista norte-americano Truman Capote imortalizou-a ao transformá-la em um inesquecível romance. A sangue frio (In Coldo Blood, Cia. das letras, 2006, 412páginas, R$ 49,90) congrega elementos de uma grande reportagem com características de consagrados best-sellers. É o estopim para a inauguração de um novo gênero jornalístico: o new journalism.

Durante seis longos anos Capote aprofundou-se no caso do extermínio dos Clutter. Entrevistou todas as pessoas que de uma forma ou de outra conviveram com a situação, além de manter contato com os assassinos. O árduo empenho resultou em uma obra rica em detalhes e emoção. A maneira peculiar encontrada pelo autor para narrar aspectos físicos e psicológicos, causa a impressão de que as personagens foram criações dele. Mas não. Tudo era realidade.

Usando o método alinear de narração, Capote é capaz de cativar o leitor ao propor algumas dúvidas perturbadoras. Em determinado momento, é sugerido que apenas um dos homens realizou o massacre, enquanto o outro promoveu o roubo e livrou-se das pistas. A ânsia em descobrir quem é o assassino é inevitável: Perry, frágil e de passado sombrio, ou Dick, forte e decidido? A apaixonante descrição de um dos sujeitos revela, propositadamente, o verdadeiro autor do crime.

O livro também lança uma discussão geradora de muita polêmica: a pena de morte. Evidentemente, tanto Smith quanto Hickock pagaram a pena máxima. Entretanto, a dúvida que paira é a seguinte: ambos mereceram o castigo? Outra questão que a minuciosa narrativa de Truman Capote revelará.

O sucesso de A Sangue Frio fez com que a história da família Clutter se transformasse em obra cinematográfica. No entanto, o longa metragem não possui o mesmo êxito que o livro, já que muitos detalhes são ocultados. A criação de Capote reflete a excelência jornalística e é parâmetro para qualquer profissional que almeja aperfeiçoar sua narrativa.

Uma Vencedora

Confira a seguir uma reportagem perfil idealizada por mim e pelas minhas amigas futuras jornalistas, Angélica Neri e Juliana Siqueira. Trata-se de uma homenagem para o dia do professor feita como atividade da disciplina Técnicas de Redação II, ministrada por Ayne Salviano.
Nossa homenageada foi a professora e jornalista Karenine Miracelly, nossa coordenadora de curso e professora de Teoria do Jornalismo II. Um exemplo de profissional e ser humano. Uma pessoa que venceu na vida mas não perdeu a capacidade de sonhar!
O texto que segue foi divulgado no site do unitoledo e também no Blog do curso de Jornalismo! Boa Leitura!

Peculiaridades de uma vencedora
Por Angélica Neri, Diuân Feltrin e Juliana Siqueira

Traços de seriedade misturados com sorriso de menina. Olhar doce, no entanto, com doses de sarcasmo. Olhos azuis como o céu na primavera. Exemplo de mulher moderna e independente, que com seu esforço e dedicação serve de parâmetro para jovens que buscam o sucesso profissional.
Seu nome foi inspirado em uma personagem do livro Anna Karênina, personagem do livro homônimo de Leon Tolstói. Sua mãe, Maria Rocha da Cunha, não leu a obra, porém o título a atraiu devido à semelhança com o nome de sua primogênita: Karine. “Todo nordestino que se preze tem nome complicado. Comigo, não seria diferente. Como diz o Severino, de João cabral de Melo Neto, Karenine é meu nome de pia; mas ao contrário dele, não somos muitas Karenines”, comenta.
Nascida em Natal, Rio Grande do Norte, no dia 2 de abril de 1980, Karenine Miracelly Rocha da Cunha considera-se uma mulher de sorte, já que teve dois pais: um biológico e outro de criação. Muito ligada à família, Karenine acredita que a união familiar é fundamental, caso contrário, torna-se apenas um “amontoado de pessoas com afinidades biológicas.”
A jovem é do tipo de pessoa que consegue enxergar a felicidade nos pequenos gestos: as conversar com a irmã e seus conselhos, o pão feito pela mãe, as pamonhas que penas seu pai, Francisco Manuel da Cunha sabe fazer. Enfim, coisas que para muitos podem parecer banais são essenciais para Karenine.
Por ironia do destino, os estudos entraram por acaso na vida da jovem. Nas campanhas eleitorais de 1985, D. Maria teimou em ensinar a filha mais nova a ler e escrever. O material usado: panfletos de campanhas políticas. O que começou como uma “brincadeirinha” transformou-se na maior paixão de Karenine: a leitura, que mais tarde acarretaria na escolha de sua profissão. Os anos de estudo, sempre em escolas públicas, caracterizaram-se por extremo empenho. “Sempre estudei em escola pública, inclusive a faculdade. E isso me incentivou a estudar mesmo, porque eu sabia que se quisesse aprender, teria que fazer a minha parte (que muitas vezes incluía a de professores mal remunerados e infelizes). Sou um pouco autodidata”, revela a jornalista.
A faculdade de jornalismo na Unesp de Bauru obrigou a jovem a se separar de aconchego familiar. A adaptação foi rápida, e as dificuldades para manter-se sozinha foram compensadas por bolsas de monitoria e iniciação científica, conquistadas com muita dedicação. “Foi por conta dessas bolsas que eu me dediquei muito à pesquisa durante a faculdade e fiz estágio na rádio Unesp. Anos depois, isso seria essencial para eu ingressar no mestrado.”
Concluída em 2001, a faculdade de Jornalismo foi mais uma vitória da menina de Natal. Parte do sonho realizado, faltava agora conseguir um trabalho na área. Isso foi muito fácil para nossa vencedora. Em dezembro do mesmo ano em que concluiu a faculdade, Karenine foi aprovada em um teste da Folha da Região de Araçatuba, onde atuou como repórter por cinco anos. Durante este período, outra paixão despertou: a área acadêmica.
Em Agosto de 2005, Karenine conseguiu mais uma vitória: passou a lecionar no UniToledo. Professora criteriosa e jornalista que se destaca por sua inteligência e cultura, possui peculiaridades ao transmitir sua sabedoria. Conhece os momentos ideais para tecer críticas e elogios, o que é facilmente identificado em seus famosos “recadinhos” nos finais das provas com sua bela letra de professora. Conhece as particularidades de cada aluno e está sempre disposta a ajudar. Ela acredita que ensinar, é uma boa forma de aprender. “Dizemos que professor é aquele que, no meio do caminho, não só ensina, mas aprende. Não estamos repetindo um bordão sem fundamento. Ensinar é, antes de tudo, estudar e pesquisar. E é isso que gosto de fazer”, enfatiza.
Karenine Miracelly Rocha da Cunha é o tipo de mulher que não descuida da aparência. Com cabelos castanho-claros, um pouco abaixo dos ombros, sobrancelhas finas, pele branca como a neve, magra, não muito alta e lábios carnudos de coloração avermelhada, é dona de um sorriso contagiante capaz de colorir um ambiente sombrio. Procura sempre se vestir de forma adequada à situação, o que demonstra sua compostura de mulher fina.
A voz suave, e ao mesmo tempo decidida, contradiz a fragilidade de sua aparente juventude com a autoridade de uma mestra. Normalmente brincalhona, às vezes surpreende a todos com uma pitada de mal-humor. Extremamente espartana, indisciplina é capaz de tirá-la do sério.
O reconhecimento que é dedicado a ela provém de sua vasta bagagem cultural, comprovada em suas envolventes explicações. Seu ar intelectual é realçado nas vezes que usa óculos. Professora de Teoria do Jornalismo para os acadêmicos do 4° Semestre e também Edição Jornalística para os alunos do último Semestre, Karê, como é carinhosamente conhecida pelos mais íntimos, conquistou, no início de 2008, o cargo de coordenadora do curso de Jornalismo, além de ser aprovada no concurso de professor da Fatec - Araçatuba. A receita de sucesso recomendada pela professora a seus alunos é, obviamente, a leitura de jornais, livros e revistas.
Os planos de Karenine não param por aí. Agora, ela pretende ingressar no Doutorado que, segundo ela, será mais uma etapa de muita dedicação, esforço e pesquisa. Porém, como as frustrações fazem parte da vida de qualquer vencedor, Karê encara isso maneira convincente. “Como todo mundo, choro em um primeiro momento. Mas depois, tem que comer um chocolate ou uma batatinha frita e sair para caminhar ou correr e pensar em como vencer a frustração e ser melhor que ela. Trata-se de uma atitude eat and run ou Forrest Gump.”
Karenine é a prova de que esforço, dedicação e competência levam ao sucesso. Uma grande colecionadora de conquistas. “Tudo que fiz até hoje foi acumular conquistas que, na verdade, são coletivas, visto que constituem sonhos particulares e de minha família. Meus pais não tiveram oportunidade de estudar e depositaram em mim e em minha irmã seus sonhos. Conseguimos realizar tudo juntos”, relata com emoção.
Ela é um exemplo de jornalista que se enquadra na famosa frase de Cláudio Abramo: “O jornalismo é, antes de tudo, a prática diária da inteligência e o exercício cotidiano do caráter.”

domingo, 12 de outubro de 2008

12 de outubro: dia das crianças e dia da Mãe

No dia 12 de outubro comemora-se o dia dedicado às crianças. Se não fosse uma efeméride de caráter estritamente comercial, seria o momento de refletir sobre qual é o verdadeiro papel das crianças na conturbada sociedade contemporânea. O cenário vivido pelos pequeninos no Brasil não é dos mais animadores. Ainda existem inúmeras crianças que são forçadas a trabalhar com o objetivo de contribuir com a renda de suas famílias desprivilegiadas economicamente.

Há também crianças que têm seus lindos sorrisos esperançosos interrompidos pelo fantasma da violência. Incrível como alguém que se julga ser humano é capaz de acabar com a felicidade de uma criatura indefesa.
Outro caso de opressão, muito mais preocupante por sinal, diz respeito ao elevado número de crianças exploradas sexualmente. Quanto a isso, não vale a pena comentar.

Também neste dia 12 comemoramos o dia da Padroeira do Brasil. Recordamos o fatídico momento em que os pescadores encontraram uma singela imagem de Imaculada Conceição no rio onde pescavam no interior de São Paulo. Nessa época, o Brasil vivia o vergonhoso regime escravocrata. A pele negra da imagem representava a preferência de Maria pelos oprimidos e desprezados pela sociedade. Aquela pequena imagem era a representação da mãe de Jesus. O nome dado a ela foi Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A cidade onde foi encontrada recebeu o nome de Aparecida, que atualmente, recebe milhares e milhares de devotos que almejam ver de perto a milagrosa figura encontrada pelos pescadores no século XVIII, e agradecer sua intercessão junto ao Pai.

O coração materno é caracterizado pela acessibilidade e compreensão. Quando necessitamos pedir algo ao pai, logo nos dirigimos à mãe para que ela interceda por nós. O mesmo papel materno corresponde a Maria.

O evangelho de São João retrata o episódio das bodas de Caná. Maria percebe a falta de vinho e logo pede ao filho que tome uma providência. A mãe percebe os anseios de cada filho e intercede por cada um, ensinando que devemos “fazer tudo o que Jesus disser”. Mesmo aqueles que não crêem em seu poder intercessor, Maria acolhe com misericórdia em seu manto. Tudo seria melhor se os cristãos enxergassem Jesus com os olhos de Maria, e rezassem, não para ela, mas sim, como ela. Ao olharmos para Maria, ela nos aponta a direção para Jesus.

Maria nos ensina a nos dirigir ao Pai com a convicção de que seremos atendidos, já que Ele é misericordioso e compassivo. Ele mesmo instituiu Maria como mãe da humanidade quando disse a Pedro: “Filho, eis aí a tua mãe”. Uma fé que despreza a figura da mulher que ensinou Cristo a falar, não passa de uma fé inútil, imatura. Existe a ressalva de que os católicos “adoram” Maria, o que não passa de um discurso pronto e ignorante. O que realmente demonstramos por Maria é simples veneração, admiração e respeito por aquela simples jovem escolhida dentre todas as mulheres para ser mãe do Filho de Deus. Procuramos sempre seguir os passos da mãe que seguiu e amou seu filho acima de todas as coisas. Como seria bom se todos agissem assim.

Ritmos Contestadores

Segue abaixo um artigo feito por mim como atividade avaliativa da disciplina História e Cultura da Brasil Contemporâneo II. O tema é: Da Bossa Nova à Tropicália. Confira!



Revoluções acontecem de diversas maneiras. Diante da opressão, podemos nos rebelar através da força ou através de greves; há também revoluções feitas indiretamente através da liberdade de expressão. Porém, nenhum tipo de revolução supera a intelectual. Tendo em vista tal conceito, em meados dos anos de 1960, em plena Ditadura Militar, um grupo de jovens corajosos introduziram um movimento contestador, capaz de questionar o regime vigente. A censura não era aceita por essa geração. Inspirados nos moldes revolucionários da França de 1968 e nas letras contestadoras da Bossa Nova, criada no início da década, Caetano Veloso e Gilberto Gil introduzem o Movimento Tropicalista no Brasil.

A Tropicália consistia em uma releitura pop e hippie da Antropofagia defendida por Mário e Oswald de Andrade na revolução artística de 1922. Assim como na Semana da Arte Moderna, os jovens da década de 1960 defendiam uma arte contrária ao que até então era predominante. Nesta época, toda forma de manifestação artística era submetida à intensa repressão dos militares. Tudo que representasse algum tipo de questionamento ao regime militar, era tristemente censurado. O desregramento dos sentidos, letras herméticas, visão marginal e inconformismo radical, eram características básicas do movimento tropicalista.

A ousadia e rebeldia desta geração chegavam a tal ponto que nas letras de suas canções, exaltavam o uso de drogas, além de propor questões do tipo “é proibido proibir”, que revelava o desprezo que esses jovens tinham sobre qualquer forma de opressão. Com a instituição, pelo general de linha dura Costa e Silva, do Ato Institucional número 5 (AI-5), a censura torna-se radical, a ponto de submeter à cultura a uma espécie de lavagem cerebral. Seria o maior desafio dos jovens revolucionários.

A perseguição militar atingia diferentes áreas da cultura. Cinema, teatro, pintura, imprensa e, em especial, a música, eram duramente repreendidas após o advento do AI-5. Entretanto, a música era a forma intrínseca de manifestação da juventude desde o ano de 1960, quando a Bossa Nova atingia seu ápice.

Criada por jovens cariocas, a Bossa Nova era uma nova linguagem dada ao samba. Tratava-se de uma confluência da música típica brasileira com o jazz norte-americano. Um ritmo peculiar acompanhado geralmente por letras perturbadoras e contestadoras. Tom Jobim e João Gilberto foram os precursores desta arte no Brasil e seriam fonte de inspiração para os jovens de 1968.
Após o Golpe Militar de 1964, no qual os militares depuseram João Goulart do poder, o compositor Geraldo Vandré propôs aos músicos da época que suas canções deveriam servir como alerta ao povo. De acordo com Vandré, a função da música seria reverter o fato de os militares estarem prendendo e torturando o povo brasileiro, além de estarem promovendo lavagem cerebral. Acontece que após a música “Caminhando”, nenhuma outra atingiria o mesmo êxito de espírito revolucionário.

A Bossa Nova ainda é um dos estilos musicais característicos do Brasil, e já completa 50 anos de existência. No exterior o país é lembrado através da batida típica do ritmo nascido em 1960. O ritmo cujas letras exaltavam liberdade, e que serviria de inspiração para as futuras manifestações de jovens contrários a coerção vigente nos chamados “anos de chumbo” vividos pelo Brasil durante a ditadura militar.

domingo, 5 de outubro de 2008

Balanço Geral- Eleições Municipais 2008

Demorou mas acabou! Terminaram as eleições municipais aqui na nossa região que, felizmente, não necessita de 2° turno. Difícil fazer um balanço geral do que tivemos nesse período na cidade de Birigüi. Entre idas e vindas, três candidatos, bem diferentes entre si, almejaram um lugar na tão cobiçada cadeira do poder da prefeitura.

Três corajosos concorrentes! Um competente candidato a reeleição; outro sonhador, dono de um discurso utópico, peculiar, capaz de causar risos; e outra discreta, digamos, até demais.

Muitas brigas e rumores fizeram parte desse longo dramalhão mexicano de três meses. Boatos e mais boatos circularam pela imprensa tendenciosa existente de forma monopolizadora em nossa tão amada Capital do Calçado Infantil. Entretanto, como em uma verdadeira novela, o mocinho sempre se dá bem no final.

Veículos sensacionalistas tiveram as portas fechadas, visto que chacotearam injustamente um dos postulantes ao cargo Executivo seguindo as ordens de seu concorrente. Mas ficou ileso um determinado porta-voz da população que costuma colocar a “boca no trombone”. É revoltante ver os cidadãos sendo manipulados por incompetentes formadores de opinião. Mas desta vez a manipulação não surtiu efeito algum.

Promessas e mais promessas, músicas esdrúxulas, discursos ao melhor estilo “I Belive in Gnomos”, evidenciaram, dentre os três candidatos, aquele que seria o ideal para Birigüi. Pois é, o número de “bêbados e mulheres da vida” não é tão elevado como disse um dos nossos candidatos. A maior parcela da população birigüiense ainda é capaz de diferenciar e discernir discursos cabíveis e impossíveis, não se deixando guiar por promessas irrisórias do tipo “20 ginásios do esporte”, “violino em velório”, “Unesp em Birigüi” (pode acreditar!), dentre muitas outras de determinado postulante.
Viva o Povo de Birigüi! Viva a democracia! Viva o bom-senso! E daqui a quatro anos tem mais...


RESULTADO:
Wilson Carlos Borini: 35.165 votos (59,76%) 1° Prefeito reeleito da história de Birigüi
Roque Barbieri: 21.898 votos (37,21%)
Doutora Ivete: 1.784 votos (3,03%)

Dica para uma boa leitura

Infância Roubada

Gilberto Dimenstein, atual membro do Conselho Editorial do jornal Folha de S. Paulo, realizou, em 1992, um trabalho que pode ser considerado como uma das maiores representações da competência jornalística. Trata-se do livro Meninas da noite (Ática, 160 páginas, R$ 15,00).
Para compor a obra, o repórter investigou, durante seis meses, a rota do tráfico de meninas no Norte do Brasil. De Belém do Pará até o pequeno município Cuiú-Cuiú, Dimenstein relata cenas chocantes que serviriam de enredo para uma produção hollywoodiana.
Nos seus 11 capítulos, o livro surpreende o leitor ao revelar os requintes de crueldade as quais inocentes meninas são submetidas. Pequenas mulheres que tiveram a infância roubada pelo fantasma da prostituição.
Em sua rota, o autor relata histórias de meninas na faixa etária de 9 a 17 anos que foram iludidas com falsas promessas de ascensão social através de empregos dignos. Muitas destas garotas desconhecem métodos contraceptivos e são vítimas de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada. É comum o relato de meninas como Maria Sanches, que diferentemente da maioria das crianças de sua idade, aprendeu a trocar roupa de bebê em seu próprio filho.
São estarrecedores os casos que denotam a decadência da estrutura familiar. Diversas garotas vêem na prostituição a única maneira de escaparem de mães alcoólatras e padrastos opressores. Algumas chegam a relatar os maus tratos sofridos por parte de policiais corruptos e clientes que se recusam a pagar o programa.
Dimenstein, em sua investigação, denuncia inclusive o fato de autoridades estarem diretamente ligadas ao tráfico de meninas. É evidente o objetivo do autor: denunciar os aliciadores e seus comparsas, a fim de resgatar as inocentes pequenas mulheres de seus cativeiros.
No entanto, ao propor a liberdade física das meninas, o autor desconsidera como poderia ser feito o resgate emocional destas pessoas que tiveram parte de suas vidas roubada. Algumas dúvidas ficam pendentes. Como poderiam viver de maneira digna, sendo que depois de libertadas, se encontrariam sozinhas no mundo? A prostituição seria a única solução? Existiriam maneiras de amenizar os traumas? Caberia ao leitor solucionar tais questionamentos.
Meninas da noite é uma história real, narrada por quem, de fato, presenciou o cotidiano de crianças submetidas à escravidão sexual. Um fascinante best seller da vida real. Uma grande reportagem convertida em obra literária capaz de prender a atenção do leitor do primeiro ao último capítulo.

domingo, 28 de setembro de 2008

Finalmente, um Blog

UMA BREVE HISTÓRIA
Pois é...
Demorou, mas finalmente resolvi criar um blog!
Agora terei a oportunidade de expor meus pontos de vista sobre os mais variados temas.
Vou procurar atualizar o blog aos domingos, com dicas de cinema, livros e opiniões sobre assuntos da atualidade.

Nesta primeira postagem, gostaria de falar um pouco sobre mim e sobre o motivo que me levou a cursar Jornalismo...

Pois bem. Meu nome é Diuân Feltrin, nasci em Birigüi no dia 08 de fevereiro de 1989 em uma manhã fria de Carnaval, mais precisamente às 09h. Filho de Maria Lúcia dos Santos e José Alberto Feltrin, fui o primeiro neto de uma família tradicionalmente católica.

Em 1995, com 6 anos de idade, fui matriculado na Cooperativa de Ensino de Birigüi, onde cursei o Ensino Fundamental e Médio.

Tudo ia muito bem até que no dia 13 de dezembro de 1996 meus pais resolveram se separar. No início foi difícil aceitar, mas logo me acostumei. Não existe nada que o tempo seja incapaz de apagar.

Meus estudos transcorreram muito bem, apesar de minha dificuldade nas áreas relativas às Ciências Exatas e Biológicas. Essas dificuldades eram compensadas em disciplinas como História, Geografia e Língua Portuguesa (esta última, minha maior paixão).
Sempre com poucos, mas bons amigos, meus anos escolares foram bons.

No 3º Colegial a dúvida reinava soberana: qual faculdade cursar e qual carreira escolher? É claro que seria na área de humanidades.

Tinha três opções: Letras, Psicologia ou, em última hipótese, Jornalismo. Minha constante falta de paciência levou-me a descartar a segunda opção. Restava o dilema: Letras ou Jornalismo...
Cheguei a prestar o vestibular da Unesp para o curso de Letras, e acreditem se quiserem, passei! Porém, minha indecisão fez com que prestasse Jornalismo no Unitoledo de Araçatuba. Também fui aprovado!

Mais uma vez o dilema: o que fazer? Por insegurança em abandonar minha cidade natal e ficar longe da família, resolvi ficar e cursar o Jornalismo. Até agora acho que foi uma boa escolha. É digno de muita admiração quem consegue partir e viver sozinho. Cria-se independência e aprende a crescer na vida. Mas eu sentia que ainda não era minha hora. Mas, ao terminar a faculdade, pretendo buscar especialização em cidades maiores.

Enfim, estou adorando meu curso e tenho esperanças de que terei um bom futuro na carreira que escolhi! Busco incessantemente um estágio, no qual possa colocar em prática minha maior paixão: escrever! Sei que vou conseguir!

Enquanto não consigo, aproveito para escrever aqui, neste Blog! Espero poder contribuir de alguma maneira com quem freqüentar esta singela página. Sinto-me feliz de imaginar que alguém estará lendo e comentando meus pontos de vista!

Até a próxima semana!