domingo, 12 de outubro de 2008

12 de outubro: dia das crianças e dia da Mãe

No dia 12 de outubro comemora-se o dia dedicado às crianças. Se não fosse uma efeméride de caráter estritamente comercial, seria o momento de refletir sobre qual é o verdadeiro papel das crianças na conturbada sociedade contemporânea. O cenário vivido pelos pequeninos no Brasil não é dos mais animadores. Ainda existem inúmeras crianças que são forçadas a trabalhar com o objetivo de contribuir com a renda de suas famílias desprivilegiadas economicamente.

Há também crianças que têm seus lindos sorrisos esperançosos interrompidos pelo fantasma da violência. Incrível como alguém que se julga ser humano é capaz de acabar com a felicidade de uma criatura indefesa.
Outro caso de opressão, muito mais preocupante por sinal, diz respeito ao elevado número de crianças exploradas sexualmente. Quanto a isso, não vale a pena comentar.

Também neste dia 12 comemoramos o dia da Padroeira do Brasil. Recordamos o fatídico momento em que os pescadores encontraram uma singela imagem de Imaculada Conceição no rio onde pescavam no interior de São Paulo. Nessa época, o Brasil vivia o vergonhoso regime escravocrata. A pele negra da imagem representava a preferência de Maria pelos oprimidos e desprezados pela sociedade. Aquela pequena imagem era a representação da mãe de Jesus. O nome dado a ela foi Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A cidade onde foi encontrada recebeu o nome de Aparecida, que atualmente, recebe milhares e milhares de devotos que almejam ver de perto a milagrosa figura encontrada pelos pescadores no século XVIII, e agradecer sua intercessão junto ao Pai.

O coração materno é caracterizado pela acessibilidade e compreensão. Quando necessitamos pedir algo ao pai, logo nos dirigimos à mãe para que ela interceda por nós. O mesmo papel materno corresponde a Maria.

O evangelho de São João retrata o episódio das bodas de Caná. Maria percebe a falta de vinho e logo pede ao filho que tome uma providência. A mãe percebe os anseios de cada filho e intercede por cada um, ensinando que devemos “fazer tudo o que Jesus disser”. Mesmo aqueles que não crêem em seu poder intercessor, Maria acolhe com misericórdia em seu manto. Tudo seria melhor se os cristãos enxergassem Jesus com os olhos de Maria, e rezassem, não para ela, mas sim, como ela. Ao olharmos para Maria, ela nos aponta a direção para Jesus.

Maria nos ensina a nos dirigir ao Pai com a convicção de que seremos atendidos, já que Ele é misericordioso e compassivo. Ele mesmo instituiu Maria como mãe da humanidade quando disse a Pedro: “Filho, eis aí a tua mãe”. Uma fé que despreza a figura da mulher que ensinou Cristo a falar, não passa de uma fé inútil, imatura. Existe a ressalva de que os católicos “adoram” Maria, o que não passa de um discurso pronto e ignorante. O que realmente demonstramos por Maria é simples veneração, admiração e respeito por aquela simples jovem escolhida dentre todas as mulheres para ser mãe do Filho de Deus. Procuramos sempre seguir os passos da mãe que seguiu e amou seu filho acima de todas as coisas. Como seria bom se todos agissem assim.

Nenhum comentário: