segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Primeiros versos (2)...



Teu olhar é indecifrável para mim. Eu que sempre me gabei de ter o dom especial de ler as pessoas, encho-me de frustração cada vez que me deparo contigo... Sinto-me um mero leigo no que tange a sentimentos. Esvazio-me de mim mesmo quando estás a minha frente. Anulo-me enquanto pessoa e me torno um apaixonado fadado ao fracasso. Em momentos de fraqueza, pelo fato de não encontrar respostas a meus porquês, resta-me inundar-me em prantos. É o único meio de cessar meu pobre coração das fagulhas que o queima.

Ao ironizar o amor, pensei que ademais pudesse vir a ser vítima deste algoz. Percebo agora que até o mais forte e cruel dos seres está propício a sofrer com os golpes deste carrasco... Não é porque a gente quer... Isso acontece por acaso.

A partir do momento em que arranco de mim a tinta com a qual me pintaram os sentidos, cabe-me ater-me a outras coisas, mudar o foco de meus pensamentos, libertar-me de ti. No entanto, tu sempre vens atormentar-me. Até mesmo meus sonhos não estão livres de você...

Resta apenas respeitar o mandamento do senso comum que reza que as coisas têm o tempo certo de acontecer e o que tiver de ser, será? Se esta profecia for verdadeira, peço somente paciência e compaixão... Só quero uma resposta... Só quero um retorno a meu imenso amor...

Um comentário:

Jorge Ferreira disse...

Olá Diuãn, estou conhecendo seu blog, muito legal, voltarei outras vezes. Abraço!

http://heyamigovelho.blogspot.com/
Jorge