domingo, 5 de setembro de 2010

Tempos de Inocência...

Hoje resolvi me livrar das coisas supérfluas do passado. Nada melhor do que reservar um tempinho para remoer coisas antigas. Encontrei resquícios de um tempo bom no qual imperava a inocência de um jovem estudante sonhador. Textos, imagens, desenhos... Tudo revela os sonhos daquela criança que ficou para trás. É incrível notar como o pensamento e as ideias evoluem! Realmente a lei natural das coisas de fato existe. Jamais seremos hoje o que fomos ontem.

Ao vasculhar as páginas de um velho caderno percebi o início de minha vocação para a área de humanidades. Enquanto as atividades avaliativas de matemática oscilavam com notas satisfatórias apenas para se “passar de ano”, as referentes à português e literatura eram acompanhadas de imensos recados elogiosos de meus mestres... Penso que certas destrezas são dons inatos.

Como já disse Rubem Alves, “todo texto prazeroso conta uma mentira. Ele esconde as dores da gestação e do parto”. Era justamente isso que eu fazia no passado: inventava realidades; divulgava no papel aquilo que gostaria de viver e que as pessoas vivenciassem... Talvez fosse isso que me proporcionava tanto prazer pela arte de escreve: sonhar, descobrir mundos, dar possibilidades... Que bons foram os tempos de inocência... Mas tudo muda... Tudo passa...Nada será do jeito que já foi um dia...


Um comentário:

Rafael Lopes disse...

É, quem dera que tudo que vivemos no passado, as coisas boas é claro, estivessem no presente.

Mas passam e, ainda por cima, mudam.
É a vida!

Abraços