domingo, 8 de fevereiro de 2009

Duas Décadas...

Jamais gostei de falar sobre mim. Autobiografia não é minha especialidade. No entanto, hoje sou obrigado a abrir uma exceção, afinal, não é sempre que se comemora 20 anos. Ah... Isso mesmo... 20 anos! Como passou rápido! Parece que o tempo voou e sequer notei! Pois bem, é embaraçoso, mas vamos falar de mim...

Fazer um balanço geral dessas duas décadas é tarefa árdua. Foram muitos os momentos bons que vivenciei, e, é claro que os ruins também tiveram espaço garantido nos meus dias. Sou grato a Deus por tudo! Viver bons momentos é gratificante, mas os maus também são necessários e valem como lições; a vida é uma verdadeira pedagogia... Como é difícil falar de mim, passo a falar de um gordinho que ficou lá atrás no tempo...

Olhando para trás, ainda vejo aquele gordinho de cara fechada, meio depressivo. Confesso que sinto falta dele. Ah se eu pudesse encontrá-lo, o ensinaria a viver melhor, ter mais autoestima; mostraria a ele a arte de ver nas pequenas coisas, a felicidade suprema; ensinaria o gordinho a ignorar as adversidades, considerando-as grandes ensinamentos. Gostaria de mostrar àquele garoto que tudo na vida possui uma explicação. E que o valor de algumas explicações está no fato de serem inexplicáveis... Enfim, transmitiria a ele a pedagogia da vida, que se resume na arte de valorizar a fé, a arte dos verdadeiros sábios.

O garotinho sempre foi diferente. A começar pelo nome, bastante incomum. O interesse por algumas coisas que os outros veneravam, nunca o dominou. Era meio excluído por causa disso... Sempre foi meio “chorão”. Seus interesses eram livros, TV e cinema. Nunca foi de falar muito. Preferia se expressar através da escrita. Ah caros amigos... A escrita! A maior paixão de nosso garoto. Era aí que ele se revelava! No entanto, com o passar do tempo, deu a volta por cima e vestiu a máscara de “ator social” por simples necessidade de, digamos, “incluir-se socialmente”. A taxação de antissocial sempre peregrinou ao lado de nosso amigo e isso não era bom. Felizmente tal denominação já não predomina.

Hoje o garoto cresceu, e em consequência disso, adquiriu maturidade! A identidade se formou... Minto... Está se formando! Espero que jamais se complete a formação de tal identidade! Prefiro que ela se aperfeiçoe a cada milésimo!

É esse pensamento que gostaria de passar ao garoto que ficou lá atrás! O ser humano deve estar em sintonia com Deus, lutando a cada instante para formar sua identidade. Deve ter consciência de que somos seres imperfeitos, sedentos por aperfeiçoamento. Cabe a nós adquirirmos discernimento para descobrirmos aonde buscar a fonte da perfeição! Resumindo: a vida é um constante processo de construção!

Bom amigos, aí está. Sinto-me um pouco ridículo falando de mim mesmo. Mas, eu também mereço!

Gostaria de compartilhar com vocês uma música que levo como inspiração para viver! Considero esta canção uma verdadeira oração. O bom artista é aquele que faz uso dos dons que Deus proporcionou para transmitir ao público sábias mensagens! Ao ouvir esta música, é impossível não pensar em Deus. O título já diz tudo: “Tocando em frente”. E a frase: “cada um de nós constrói a sua história, e cada ser em si carrega o dom de ser capaz... De ser feliz!” Não precisa dizer mais nada, não é mesmo?! Confira esta versão, lindamente interpretada pelo grande orientador espiritual, Padre Fábio de Melo:

4 comentários:

Angélica Neri disse...

Um amigo, um irmão, uma pessoa muitoooo especial. Um aluno-exemplo, uma pessoa admirável, ele é sempre humilde e sincero. Continue assim, Diuân! Quem convive com você pode afirmar com tranquilidade o ser humano fantástico que você é. Beijão!

Diuan Feltrin disse...

Muito obrigado pelo carinho amiga!!!

Anônimo disse...

::: Olá, Diuân. Parabéns pelos 20 anos, meu caro. Achei uma de suas frases sensacionais: "Viver bons momentos é gratificante, mas os maus também são necessários e valem como lições". Adorei também a música que postou. Considero-a um hino, uma lição de vida. Quando eu era jovem, lembro-me que visitava meu irmão casado e, em vez de brincar, ficava em meio aos livros. Temos alguma coisa em comum. Com relação a escrever sobre si mesmo, é algo importantíssimo para o jornalista. Pense assim: se não consegue escrever sobre você, como vai ter capacidade para escrever sobre os outros? Faça isso mais vezes em seu blog, vai ver como seus amigos vão gostar. Vamos discutir isso em sala. Aliás, foi um prazer conhecê-lo pessoalmente. Abração!!

Anderson Augusto Soares disse...

Diuân, li alguns textos seus e gostei. Você tem uma boa escrita. Faço um comentário nesta postagem mais pelo que há de semelhança entre eu e você, nessa coisa de escrever.

O teu blog tem conteúdo.

A canção que você cita no texto (Tocando em frente) é uma das minhas preferidas. Considero-a uma filosofia completa sobre o ser humano.

Abraços, Diuan.

(Eu sou o Anderson do quarto ano)